
Deixo uma reflexão e uma partilha pessoal para Abril.
Não adianta ter o guarda-roupa cheio, a agenda do dia cheia, e a mente ocupada com 1001 coisas, se o coração não está preenchido. Estes são, aliás, alguns indicadores do vazio que podes sentir, mesmo estando sempre ocupada/o.
Procurar fora o que precisa de ser preenchido dentro, não enche o coração, apenas a mente.
É preciso criar espaço para te conheceres, para que a criatividade, a leveza, os imprevistos do dia-a-dia aconteçam. Sim, os imprevistos.
É preciso abrir espaço para a mente, o corpo e o teu coração te dizerem o que precisas. É preciso deixar de querer controlar tudo.
Um horário carregado, sempre cheio que não deixa espaço para mais nada, gera cansaço, frustração, ansiedade, a até esgotamento.
É preciso abrir espaço para deixar fluir e para entrar o novo ou aquilo que está aí dentro a precisar de sair, de ser libertado!
Durante muito tempo, eu fui viciada em trabalho (ou seja, fazer, fazer, fazer). Tinha de estar sempre a fazer algo, não importava parar para refletir se me sentia preenchida ou não, se aquilo fazia verdadeiramente sentido ou não, era o usal "tem de ser". Era inconsciente. A mente não deixava espaço para o que precisava de fazer - sentir o que realmente precisava. E precisava de parar urgentemente.
Estar sempre ocupado é um mecanismo de proteção da mente para não parar e refletir sobre como nos sentimos, o que nos faz sentir preenchidos.
É também uma forma de dizer ao mundo que se está ocupado, num sociedade em que parar é sinónimo de preguiça ou falta de esforço.
Numa sociedade em que o lazer e o bem-estar podem ainda ser vistos como luxos, e o esgotamento no trabalho não é valorizado, não é visto. Onde a saúde mental e emocional são secundárias.
Eu acreditava mesmo que era preciso trabalhar com esforço para ter sucesso e, com esta crença, criei a pior versão de mim e levei-me à exaustão. A falta de flexibilidade, de capacidade de parar para refletir, irritação constante, a culpa sempre que parava, por sentir que não "devia", por não estar a fazer o que "devia", levou-me a pôr em causa as outras partes da minha vida, familiar, social, amorosa... Levou-me a pôr-me em causa a mim mesma, no final de contas.
Precisei reaprender a olhar para o trabalho e sucesso de outra forma! Precisei de parar e reorganizar-me!
Parar, refletir, organizar e priorizar, para uma rotina e dia-a-dia mais leves, sem colocar em causa tudo o resto, e os sonhos do futuro que estavam sem espaço na agenda.
Então, digo-te com carinho: NÃO ADIANTA ter a agenda cheia, se não parares para entender que sentido faz quando não há espaço para mais nada.
Se chegaste até ao fim diz-me: como está a tua agenda agora? Precisas de aprender a parar, limpar o que não importa, organizar e priorizar a vida?
As vagas estão abertas para o Programa de Valorização Pessoal Intuitiva da 4Hands.
Vê os contactos e agenda comigo uma conversa leve e sincera sobre o que precisas hoje.
Carinhosamente,
Joana Ribeiro