Com a pandemia aquilo que se previa acelerou, nomeadamente no mundo digital, nas relações e conexões virtuais, trazendo também uma maior necessidade de reflexão para quem desligou o estado automático de pensar e de viver.
Houve um desacelerar, obrigatório para uns, por necessidade e iniciativa própria para outros, que levou a refletir e a trazer à tona algo que precisamos de trabalhar, e a tomar decisões. Nestes entretantos, a relação com a imagem continua a ser importante, em qualquer fase da vida! Esta pandemia só veio reforçar e trazer à tona a relação com a imagem e com a autoimagem, a forma como nos vemos, nos sentimos, como nos relacionamos connosco, permitindo perceber que a imagem externa, muitas vezes está em conflito com quem somos realmente, mostrando-nos algo que precisamos mudar.
Os espelhos da nossa vida estão em todo o lado, mesmo nas telas digitais quando a presença não é física, e se estivermos atentos, levam-nos a refletir sobre quem somos, o que andamos aqui a fazer, se vivemos de acordo com aquilo em que acreditamos realmente. E para entender isso é preciso desacelerar o pensamento e pedir ajuda.
Para alguns foi a pandemia que fez desacelerar, para outros como eu, comecei a fazê-lo quando não pude mais, quando acumulei e reprimi o que precisava de sair e o meu corpo não aguentou mais depois de tantos sinais. E o que precisava de sair era a minha verdade, quem deixei de ser por medo de não ser aceite, quem deixei de ser por medo do julgamento e que se acumulou durante tempo suficiente para afetar a minha saúde em 2013/14.
E é o que acontece a muitas pessoas, pararem para refletirem apenas quando algo as bloqueia e as impede de continuar. Também é verdade que foi a minha maior aprendizagem e que o é para muitas pessoas. É o virar da página e o reaprender, ressignificar, dar valor.
É o desacelerar para evoluir.
O Estado de SER é o caminho que faço e que desafio todas as mulheres que me procuram, a SERem, como pessoas, mulheres, e em todos os papéis que desempenham na sua vida..
(re) conheces-te através da tua imagem? Permites-te ser?
Com Carinho,
Joana Ribeiro